30 de abril de 2012

A morte da rosa que renasceu

Nasci da terra e virei um botão
Depois floresci com emoção
Vivi por um tempo a enfeitar
A vida de quem quis me amar
Depois eu fui envelhecendo
Minha beleza foi se perdendo
Já não era mais a jovem rosa
De caule verde e formosa
Tornei-me feia e idosa
E um enfeite fora de moda
Folhas secas e pétalas foscas
Beijada apenas por moscas
Até o tal beija-flor sumiu
E nunca mais ninguém viu
Cansada de servir sua casa
Do jardim eu resolvi partir
No desejo de poder voar
E novamente poder sorrir
Mas como sair dessa terra
Se será uma grande guerra
Me desenterrar daqui?
Como faço pra entender
Que para poder renascer
Antes disso terei que morrer?


15 de abril de 2012

Disappear

Voar tal como pássaro no vento
Viajar nesse mundo e no tempo
Me entorpecer de coragem
E num instante pegar a carruagem
Do conto onde não existem fadas
E desaparecer pela madrugada
Rasgar meu coração ao meio
E tornar o meu sorriso feio
Me afastar e nunca mais voltar
Da inconstância me aproximar
Se a vida já foi muito ingrata
Deixar para sempre intacta
Uma história para não contar
Um sorriso para não lembrar
Mais uma lágrima para rolar
Feridas para cicatrizar