18 de dezembro de 2012

Nos meus olhos

E se passa agora diante de mim
O filme de uma história sem fim.
Nos meus olhos ele está doendo
Choro, grito e não entendo,
Padeço de tamanha dor.
E esta dor irradia por dentro
Deslizando sobre o  meu amor.

Tapete de flores (e cores)

Caminhando apressadamente
Na noite fria que se findava,
Observei no chão que caminhava
Um lindo tapete rosa, talvez lilás,
De pétalas a perfumar o ar.
Não pude ter certeza no escuro
A luz da rua era só penumbra.
Mas a beleza daquilo que vi
Enquanto eu passava por ali
Perdida em pensamentos noturnos,
Me fez viajar por alguns segundos
Em meus devaneios profundos,
Lúdicos e alheios ao mundo.
Primavera.]

Do fundo do mar

Me deito, me levanto e me espanto.
desperto]
Onde foi que se perdeu o encanto?
sumiu]
Talvez perdido junto ao pranto,
solitário]
Que ela secou e guardou num canto.
qualquer]
No canto que ficou seu encanto.
guardado]
No cantar ela cantou pro canto,
cantado]
Canto que não cabe mais nada.
apertado]
O canto da sereia desencantada.
lamento]
Que não consegue mais (en) cantar,
desencanto]
E se afoga pouco a pouco no mar.
martírio]
Solitária ela não sabe mais nadar,
fobia]
Pede socorro apenas a susurrar.
sem forças]
O brilho ainda insiste em brilhar,
intenso]
Perdido naquele lindo olhar.
sincero]
A voz ainda insiste em não calar,
teimosa]
(En) canto doce do fundo do mar.
amor.]