O amor é como uma pedra
Que encontramos na rua
Passamos por ela todos os dias,
Mas não damos nenhum valor
Até que tropeçamos sem querer
Olhamos para o chão e percebemos
Que esta pedra não é igual as outras
Mas deixamos pra lá, esquecemos dela
Mais tarde voltamos a encontrá-la
Resolvemos então juntá-la,
E levá-la pra nossa casa
Passamos a admirá-la sem explicação
Pensamos que ela é preciosa e única
Logo não encontraremos outra como ela
Um belo dia percebemos seus defeitos
E descobrimos que não foi lapidada
Então lá vamos nós tentar esse feito
Lapidando dias e noites sem parar
E quando estamos quase na perfeição
Ela se quebra em mil pedacinhos
Que somem espalhando-se pelo chão
Então concluímos que era pedra falsa
De rara só passou a impressão
Sempre que passarmos naquela rua
Olharemos para o chão e então
Lembraremos daquela desilusão
Daquele engano e da decepção
Pois assim como as pedras
Cravadas naquele mesmo chão
O amor entrou e não saiu mais
De dentro do meu coração...
Memórias de adolescência - 2000
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