Do túnel o som vinha e ecoava,
E o vento pra longe levava.
Caminhei diminuindo o passo,
Apreciando cada compasso.
Me envolvi e me entreguei,
E a música ali eu degustei.
Viajei naquele momento...
Quanta perfeição e talento,
Jogados na rua ao relento.
Sorrindo com olhar atento.
Uma linda flauta na mão,
E um chapéu no chão,
Luz em forma de canção.
De repente tudo parou!
O barulho desapareceu...
E o trânsito emudeceu,
No túnel isso me aconteceu.
Agradecida por aquele instante,
De arte e beleza dançante,
Deixei também minha moeda,
Pra sempre lhe dizendo adeus.
Postagem que estava guardadinha e inacabada desde 06/02/2012.
Inspirada por um instante lindo que vivi no túnel do Largo da Ordem, onde um jovem alegrava docemente uma tarde exaustiva de muito sol e estresse com sua flauta transversal.
Uma verdadeira viagem de paz em meio ao caos urbano. :)
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