28 de junho de 2012

Calada

Viajando em minhas lembranças
Revivi algumas sensações.
Quanta liberdade eu sentia
No meu cantar desenfreado
O mundo era pequeno pra nós.
Meu coração deleitava-se
E meu olhar brilhava.
O som pairava em minha vida
A música era meu alimento.
Mas um dia tudo parou.
A voz que soava calou.
Minha boca travou.
Quanta saudade eu sinto
De quando eu era livre
Dona do meu próprio som .
Hoje me sinto aprisionada
Com minha voz calada.
E cantar tornou-se difícil
Não posso mais como antes.
Que bons tempos distantes.
Do passado que está lá,
Estacionado nele mesmo.
A realidade é esta e agora.
Não posso mudar, posso?
Talvez transformar...
Quem sabe me consolar.
Persistir ou pra sempre emudecer.



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