8 de abril de 2015

A minha paz

Busco desesperadamente reencontrar
A paz que se desprendeu de mim
No momento em que me tiraram
O que eu mais amava fazer.
Sinto que nada pode suprir
O tamanho da falta que sinto
De sentir a leveza do corpo são;
Que ora antes me abrigava...
Dançava e cantava feliz.
Tão leve que flutuava sonhador
Com o coração cheio de anseios
E de desejos por realizar.
Cortaram minhas asas.
Furaram meus olhos.
Sugaram meu espírito.
Nem pernas sobraram,
Para correr tão depressa,
Quanto o mal que me consome
E recuperar tudo o que perdi.
Cadê o conforto que não encontro,
Onde está o final desse túnel,
Do martírio que não chega ao fim.
Como é dolorido me sentir assim.
É tão difícil batalhar todos os dias,
Pra não cair no abismo pra sempre.
A fé por mais que seja grande,
Em alguns dias parece fraquejar;
Como vela prestes à se apagar.
Um fogo frágil, fraco e velado
Mas ainda sim à iluminar.
O caminho que sigo é de espinhos,
Sei que desejam me perfurar.
Suporto a dor que carrego,
No fardo que levo sem parar.
Preciso sair desse labirinto,
De tormento e tantas frustrações.
Não aguento mais essa chuva,
Que me lava e também me leva;
Nesse temporal de desilusões.


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