4 de fevereiro de 2011

Ferida

Fiquei remoendo madrugada a dentro 
E dormir não consegui, já era esperado.
Estou triste demais porque hoje
É que considero o fim,
Hoje tô sofrendo mais.
Meu coração me aperta 
De tal forma que penso 
Que vou morrer
De dor, de amor
Lembranças tão boas
Me vem a mente,
Lembranças da felicidade 
Que já nos pertenceu.
Estas lembranças escorrem
Em forma de lágrimas de sangue
Pela ferida aberta
Não consigo entender
Como tudo foi se perder
Onde foi que fraquejamos
Onde foi que nós erramos
É impossível compreender 
Que o amor não seja capaz
De te mover e te trazer a mim
O amor que eu experimento move
Me machuca, me enlouquece
Esse amor  me faz gritar
Que espécie de amor é o seu 
Que me observa caída no chão
Agonizando até a morte
Apenas pedindo desculpas
Por não conseguir me pegar no colo
E devolver-me a vida?
Que tipo de amor é o seu
Que me deixa partir 
Sem se despedir
E sem dizer te amo?
Gostaria de entender 
Mas minha mente 
Já não é capaz
Quando meu coração sangra
Uma tristeza maior do que eu
 Invade a minha vida 
Só posso fazer lamentar por tudo
Por tudo que nós vivemos
Por tudo que nos dissemos
Por tudo que não fizemos
A ferida continua doendo
Acho que jamais vai cicatrizar 
Se o remédio é o seu amor
E este remédio está em falta 
No momento ou quem sabe
O mesmo jamais existiu
Estou condenada ao fim
Sem amor, sem carinho, 
Sem vida, sem paz
E sem você.

Um comentário:

  1. O amor não tem fim, é imortal,
    mas o bom senso.
    Esse sim te faz passar mal.

    A Razão supera o amor
    Não vale a pena encarar essa dor
    Lembra que depois da tempestade sempre vem a calmaria...
    ‎...e um barco novo novamente a zarpar, observando pedaços do velho náufrago no mar.

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