15 de agosto de 2012

Cobertor

E assim se vai pelo ralo com destreza,
Aquilo que um dia foi cheio de beleza.
Como a água que escorre do banho,
Como um pastor e seu rebanho,
Insisto em manter tudo nos trilhos.
Acabo por me encontrar sozinha,
Na noite em pleno vazio.
O dia se foi e chegou o frio.
Meu cobertor não parece aquecer,
Deve ser por nele ainda conter,
Resíduos do que foi teu cheiro meu.
Aquele perfume que exalava você.
Nas fibras macias ainda existem,
Aquelas partículas que insistem,
Em me fazer desejar de ter.
Quanta saudade eu sinto e pressinto.
Que por longo tempo, ainda sentirei.


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