4 de maio de 2011

Imperfeito

Diz a lenda do boto, que em noites estreladas
Meninas que saem andando pela madrugada
Tem sua inocência pelo boto louco roubada
E ele anda por aí disfarçado de bom moço
Causando tremendo alvoroço na cidade
Ele é gentil, é carinhoso, tem olhos lindos
É educado, romântico, cheiroso, é dengoso
E qual a donzela que não se apaixonaria?
O boto em forma de príncipe é um poeta
Ele escreve galanteios pra menina moça
E por ele, ela  fica entregue, sem razão!
Quando ele rouba seu beijo, perde a voz
Ela é imediatamente seduzida pelo boto
Que lhe faz carícias a luz da lua cheia
Lua cheia de desejo, cheia de sedução
Então a luxúria toma conta da menina
Ela fica imediatamente, encantada!
Logo então se descobre uma mulher
Por ele, perdidamente apaixonada!
Então não lhe resta nada mais além
De se esbaldar e no amor e viajar
Para os lugares que a imaginação
O coração, o desejo e a paixão
Permitirem a ela então se entregar
Junto do seu belo  príncipe do mar
O boto, carinhoso, louco, o poeta
O gentil, dengoso, meigo e educado
Um imperfeito príncipe encantado!

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