9 de maio de 2011

Maldição do amor

Hoje vou contar uma história sombria...
Era uma vez Maria, apenas uma  guria
Que vivia sonhando em ser bem feliz
Maria era uma guria meiga, era bonita
Amiga de todos, era sincera e sensível
Maria era poeta, Maria era uma artista
E ela cantava muito e ela escrevia bem
Diziam que Maria, era uma real poesia
E eles diziam que ela, era bela de alma
Maria era uma guria simples e calma
Mas vivia intensamente os momentos
E Maria sorria, Maria se apaixonava
Segundo diziam Maria era um sonho
Um sonho bom, sonhado por muitos
Porém vivenciado por muito poucos
Maria conquistava, mesmo sem querer
E os corações que pulsavam de amor
Acelerados apenas por Maria existir
Derretiam-se ao ver a Maria partir
Alegravam -se ao ver Maria voltar
Mas a vida de Maria era sombria
Havia ali um mistério inexplicável
Em meio ao sorriso puro que trazia
Uma tristeza bem guardada existia
Pois Maria ficava se sentindo vazia
Da maldição do amor, sofria Maria
Que fazia com que aquele coração
Da pessoa por quem a linda Maria
Se apaixonasse, em pedra se tornasse
E então Maria já sabia o final de tudo
Maria não era amada, ela era rejeitada
A dor consumia sua carne, que sangrava
A Maria não entendia o que acontecia
E Maria ficava fria, Maria era só agonia
Maria chorava muito, Maria só sofria
E chegou várias vezes a desistir do amor
Já que parecia que a sorte não lhe existia
Pois a maldição do amor o amor cegava
E aquele que Maria amava, não enxergava
Tornava-se cego, pra pureza da Maria
Não via como era bela, alegre e sincera
E Maria numa tentativa tão triste e singela
Ficava olhando o mundo pela sua janela
Sozinha, olhando pro céu lá ficava ela
Sonhando com o seu príncipe encantado
Que por hora ainda estava inebriado
Pela sombra da tal maldição do amor
Mas um belo dia, Maria acordou cedo
E descobriu o segredo, da tal maldição
E passou a buscar desesperadamente
Aquele que a fizesse sorrir de emoção
Para ajudá-la a quebrar a tal maldição
Pois a mesma teria fim, no fim do verão
Quando o verdadeiro amor chegasse
E Maria esperou naquela  ansiedade 
A chegada do seu amor de verdade
Aquele que seria sim a sua felicidade
Até que numa tarde quente e linda
Maria com sua beleza do ser infinda
Príncipe encantado Maria conheceu
E ela sabia o que dizia seu coração
As borboletas começaram a voar
Para então no momento anunciar
Que ali nasceu a mais linda paixão
Aquela que sim, seria capaz de limar
Todo o sofrimento do seu doce coração
E Maria sorriu, e Maria também chorou
Quando descobriu que amava o seu amor
Ele também chorou, pois por ela, se apaixonou
Encantou-se pelos olhos, pela doçura da guria
Aquela tão pura, tão modesta tão somente
Aquela doce sempre presente MARIA.
Mas a maldição ainda estava rondando
Mas Maria, agora já sabia  que deveria
Ficar de sentinela, não deixando que ela
Entrasse em sua vida, para sugar sua seiva
Para destruir sua paz e levar o seu bem
Então Maria já não dormia, apenas velava
O sono do seu querido, seu amado amante
E sim ela foi assim tão vigilante do amor
Que a própria maldição por fim se cansou
De assombrar sua vida, pois envergonhada
Sumiu no meio do nada, levada pelo vento
Foi-se louca e vazia, numa fria madrugada
Seguiu seu rumo, pegou sua estrada escura
E deixou Maria ser feliz como ela merecia
E então Maria não mais chorava, apenas sorria
E Maria apenas cantava, Maria não mais sofria!




FIM

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